Versava alguma poesia que não ousasse dizer
O “nó da garganta” deslizando em seus dedos
À espera do dito que a ela foi negado
O passo e a sandália abotinada nos pés
As unhas refeitas para serem esquecidas
E ficou entre um átimo e a semi-insanidade
Criando o seu tempo de trás para frente
A noite presente na ausência de corpo
O vício sustentado pela cobiça de fuga
Os trajes despidos, a carne branca e nua
O desejo contido em toques de mão fria
E ficou entre um átimo e a semi-insanidade
manipulando o seu tempo de trás para frente
Dani R.F.